sábado, 27 de fevereiro de 2010

Twitter do Cabeça Fresca

Os blogs Cabeça Fresca e Manda pro inferno ganharam mais uma ferramenta de interação com seus "milhares de leitores espalhados pelo mundo". Quem quiser saber sobre atualizações e pequenos "estalos" do blog é só seguir no twitter.com/cabeca_fresca. Valeu!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Separados na maternidade

Depois do descobrimento da fraternidade existente entre o Mentor (isso mesmo, do He-Man!) e o digníssimo senador dono de metade do Maranhão, Sarney, novos irmãos estão se reencontrando com a ajuda do Cabeça Fresca. Por perversão do destino, ou de alguma "Nazaré", os irmãos Capitão Nascimento e Nivea Stelmann foram separados na maternidade quando tinham ainda suas pequenas carinhas de joelho. As fotos falam por si só:

Se você tiver alguma notícia de um terceiro irmão desaparecido, de sexo desconhecido, ajude-nos divulgando as ações da Rede Fraternal de Busca de Irmãos Separados, lançada pelo blog Cabeça Fresca. Os créditos dessa descoberta terrivelmente magnanima são inteiramente do olhar clínico de Flavinha Rodrigues, a quem sou grato pela contribuição.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NOVO BLOG: MANDA PRO INFERNO

Mais um absurdo surge na rede: o Blog Manda pro Inferno estreia em pleno fim do mês para exorcizar os capetas que pentelham nossa vida! Aquele homem público de mão leve, aquela personalidade mais vazia do que pau oco ou um anônimo filho-da-puta que te fechou no trânsito, sim! Esse é o canal para expulgar e mandar todos que nos deixam putos para o lugar que merecem: o fogo do purgatório. Afinal de contas, se inferno existir, deve ser tão cheio quanto praia de paulista. ACESSE E PARTICIPE: MANDA PRO INFERNO

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O menino do dedo amarelolelo

Em metro e meio de menino, Churisco, como assim gostava de ser chamado, era um rapazote nos auges de seus oito anos. No futebol era craque, na matemática era mediano e no carisma cem por cento. Mas havia uma pequena característica que o diferenciava dos colegas: seu dedo indicador da mão direita era amarelo. Ninguém comentava esse assunto, nem em casa, nem na escola, fazendo com que Churisco não se preocupasse com isso.
O tempo foi passando e o meninote ia crescendo... E o dedo? Bem... o dedo ia ficando cada vez mais amarelo. Na pré-adolescência, Churisco, com "vergonha do que as meninas poderiam pensar", passou a esconder sua mão no bolso. Foi a primeira vez que tivera que se preocupar com seu dedo amarelo. Pensou até em utilizar luvas, mas abandonou a ideia quando descobriu que um cantor já havia pensado nisso. Abstraiu pensamentos e seguiu em frente. A mão direita passou a ficar no bolso.
Certa manhã, como todas as manhãs, Chuvisco acorda, preguiçoso, cutuca o ouvido e se arrasta para o lavatório. Ao obsevar com mais cuidado uma espinha no canto do nariz, na tentativa de tentar espremer o corpo estranho, nota que seu já conhecido dedo amarelo não estava apenas amarelo: uma pequena raiz, uma espécie de caule, despontava em seu indicador direito como as ramificações do pueril feijão da 1º série. Entrou em desespero. Num impulso, abriu a portinhola do espelho em busca de uma tesoura. Não encontrou, tendo que se satisfazer com uma pequena gilete.
Fecha os olhos e sem pestanejar corta de vez a pequena rama do indicador. Sem sucesso, em poucos segundos uma nova ponta desabrochava em seu dedo-duro. Cortava, crescia, cortava, crescia. Não havia como dar um fim naquilo. Pensou até em suicídio, mas desistiu da ideia também.
O susto havia passado e, num momento de deslumbramento, retomou o fôlego e começou a pensar: "Até que para quem tinha um dedo amarelo e ninguém ligava, uma planta, flor, ou o quê quer que seja, não será nada demais". Churisco resolveu de uma vez por todas se esquecer de seu dedo amarelo, e agora, dedo-amarelo-árvore.
Seu dedo ficou cada vez mais amarelo com o passar do tempo e hoje, se você procurar por ele nas ruas da cidade, vai encontrá-lo lá: tranquilamente passeando com seu dedo amarelo, cada vez mais amarelo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dá só uma espiadinha...

O endemolizado globalmente conhecido "BBB" estreou esse ano sua 10º edição e muita coisa permanece a mesma: anônimos numa verborragia discursa da oportunidade em estar na TV, onde mais anônimos, o povo, - categoria que muitas vezes aparece como "Brasil" - decide em uma berlinda quem fica e quem sai do cenário.
Do mesmo modo, permanece, e isso poderiamos chamar de "essência" do programa, o bate-cabeça dos participantes que se degladiam na luta por um milhão e tantos de contos-de-réis ou, na pior das hipóteses, descolar algum trocado com uma fama que se esvaece num piscar de olhos.
Curiosamente, os jogadores se esquecem que estão confinados, talvez isso seria uma espécie de "psicopatologia do confinamento" e, é justamente aí, que os instintos humanos, ou animais, começam a entrar em ação: brigas por coisas miúdas como a escolha de um prato ou o "jeito" que cicrano te olhou no dia da maldita prova do líder!
Ratinhos na Caixa de Skinner: torturas televisionadas, se tiver play-per-view o lance é 24 horas, por uma coisa chamada "imunidade", "liderança" ou "que-porra-é-essa". E tá lá todo mundo com "um sonho" de ganhar a bolada, cada qual ajustando alianças, comprando briga ou simplesmente mostrando o quem realmente são. Ontem, por exemplo, uma loira pedia com olhos marejados sua pernanência na casa porque ela "não tinha ganhado nem um carro ainda". Gestos valem mais do que mil palavras.
Por outro lado, esquecemos de sair um pouco da crítica para observar num programa televisivo como este que num mar de cortes, closes e edições, o bicho humano é um troço bonito de se ver: contraditório, explosivo, filho-da-puta e sincero.
Eu ainda não consigo compreender os intelectuais e a Academia que viram as costas para um fenômeno televisivo como esse (vários milhões de votos no "paredões"). É, queira ou não queira, uma espécie de alto-de-justiça-popular onde os telespectadores afirmam, através do voto, determinado comportamento que a maioria aprova, claro, desconsiderando a tendenciosidade empreendida pela produção televisa, o modo como, através da reiteração, justaposição e foco de determinado contexto-personagem, evidencia uns e subtrai outros, mas "quem decide quem sai ou fica na casa, é você". E não é? Eu é que não duvido, se não, se eu tiver que dar um alô lá no purgatório, vou me deparar com o Biela declarando durante mil anos suas poesias de esgoto. Crê em deus padre!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Chichinha - a malinha

Chichinha era uma menina muito malinha. Vivia a meter o bedelho na vida alheia, tanto que, aos sete anos, contava fantásticas histórias do dia-a-dia dos vizinhos:

- A mulher do carteiro tá ficando com o cunhado da Marlene!
- Fala sério Chichinha, como é que tu sabe?
- Sei porque sei.

A pequena pochete foi crescendo, cada vez mais ligeira em sua missão. Missão, pois era assim que ela encarava a vida: alertar ao mundo seus princípios e filosofia de vida, onde ela criava uma atmosfera um tanto com a sua cara. Tais comportamentos eram mal compreendidos pelos seus amigos, fazendo com que Chichinha fosse alvo de inúmeras críticas. Ela não entendia porque os amiguinhos do pré choravam sem parar quando ela abria a boca. Deve ter aprendido a falar com quatro ou seis meses.
Era um caso sério. Sua habilidade em curiar o que não lhe dizia respeito aumentava conforme envelhecia, da adolescência à idade adulta, torturou, em suas palavras, "abriu o olho" - de centenas de pessoas: não há, da 5º série ao pós-doc, quem não há de se lembrar da famigerada Chichinha, a malinha. Procure em sua memória, você certamente lembrará da dita-cuja: aquela pessoa, sim, ela! que não só não escuta, mas fala, disputando um cinturão com o homem-da-cobra. Certa vez, cansado de meu ouvido-pinico que não me deixava dormir, arrisquei um milenar provérbio chinês:

- Chichinha, foda-se.